De volta ao meu lugar: Popó Joli volta às chapas de matrícula originais
A minha nova identidade - voltar às origens
Hoje falamos de matrículas antigas e de quem pode, ou não, circular com elas em 2018.
Por matrículas antigas entendemos aquelas com letras e números brancos em relevo num fundo preto de plástico. Quem não se lembra de, em criança, passar as viagens mais longas a aprender a identificar letras e números nelas?
Os apaixonados por automóveis antigos não resistem a, imediatamente, passar em revista mental todas as normas de condução desses tempos, todas as diferenças que havia, desde as matrículas aos espelhos de segurança, passando pelo quase sempre um e único espelho retrovisor exterior.
Antes de passarmos à mais recente intervenção do Popó Joli, convém lembrar que as matrículas portuguesas têm atualmente três modelos, cada um com as suas especificidades. Quem tiver carinho pelos clássicos com matrículas até dezembro de 1991 pode utilizar ou encomendar o modelo antigo de matrículas ou os modelos mais recentes, mas nunca o contrário, ou seja, se o carro tiver sido registado depois de 1 de janeiro de 1992 já não pode ter matrículas com estas características. A penalização passa pelo chumbo imediato na próxima IPO - Inspeção Periódica Obrigatória - ou uma "observação" menos simpática por parte dos agentes da autoridade. O valor das multas aplicadas varia entre os 120 e os 600 euros.
De 2 de janeiro de 1992 até 31 de dezembro de 1997 as matrículas passaram a ter fundo branco e números e letras a preto. A novidade neste modelo de matrícula, além da inversão das cores, passou pela introdução das letras iniciais do país de origem na União Europeia, colocando do lado esquerdo da chapa uma barra azul, com a letra P (no caso de Portugal), e também pelo material utilizado que passou do plástico para alumínio. Atenção que se o vosso amigo de cinco rodas for importado, o que conta é a data do primeiro registo em Portugal e não a do registo do país de origem.
Após 1 de janeiro de 1998 foi incluído o ano e mês da matrícula do lado direito da chapa, com uma barra de fundo amarelo, sendo que o ano ficou na parte superior e o mês na inferior. Além do alumínio, as chapas começaram a ter a opção de serem em acrílico.
Com exceção dos reboques e semi-reboques, os números de matrícula atribuídos em Portugal pelo IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes - são constituídos por dois grupos de dois algarismos e um grupo de duas letras que estão separados entre si por traços, sendo atribuídos sequencialmente. Ao longo do tempo o posicionamento das duas letras foi o seguinte:
Até 29/02/1992:
Até 29/02/1992:
AA-00-00
De 01/03/1992 até 24/05/2005:
00-00-AA
A partir de 25/05/2005:
00-AA-00
A minha experiência:
Há algum tempo que andava a pensar substituir as chapas de matrícula e voltar às minhas origens, até porque as que tinha já apresentavam alguns sinais de degradação: estavam amachucadas e sem brilho. A ideia ganhou força depois do contacto de um fabricante no Carregado, em Alenquer, que as faz exatamente ao meu tamanho.
O processo foi demorado (como quase todos os que fazem em mim eh eh eh...) e começou por fornecer ao fabricante as indicações muito precisas dos tamanhos. Não podiam falhar um centímetro que fosse. De outro modo todo o para-choques, também em plástico, ficaria comprometido se fossem necessários novos furos.
Depois, há que começar a retirar os parafusos das chapas a uso. Os da parte frontal foram fáceis mas os da traseira... enferrujados, ressequidos e nada de fazer muita força para não moer as roscas nem os plásticos do para-choques.
Após algumas horas, eis que as novas ficaram prontas. As tampinhas dos parafusos, brancas, talvez ainda venham a ser substituídas por pretas mas, por agora, está pronto e muito mais bonito e harmonioso com as chapas iguais às que usava nos anos 80.
E querem saber uma curiosidade extra? Como a matrícula traseira era bem difícil de retirar, descobrimos que os meus segundos donos não tiveram paciência para o fazer e, por isso, aparafusaram-na em cima de uma autêntica relíquia: a matrícula original com que há 28 anos saí do stand! Uma preciosidade tão emocionante.
Todo este processo foi possível com a ajuda do incansável Daniel, da Moto-Ciclo Arrudense.
A minha experiência:
Há algum tempo que andava a pensar substituir as chapas de matrícula e voltar às minhas origens, até porque as que tinha já apresentavam alguns sinais de degradação: estavam amachucadas e sem brilho. A ideia ganhou força depois do contacto de um fabricante no Carregado, em Alenquer, que as faz exatamente ao meu tamanho.
O processo foi demorado (como quase todos os que fazem em mim eh eh eh...) e começou por fornecer ao fabricante as indicações muito precisas dos tamanhos. Não podiam falhar um centímetro que fosse. De outro modo todo o para-choques, também em plástico, ficaria comprometido se fossem necessários novos furos.
Depois, há que começar a retirar os parafusos das chapas a uso. Os da parte frontal foram fáceis mas os da traseira... enferrujados, ressequidos e nada de fazer muita força para não moer as roscas nem os plásticos do para-choques.
Após algumas horas, eis que as novas ficaram prontas. As tampinhas dos parafusos, brancas, talvez ainda venham a ser substituídas por pretas mas, por agora, está pronto e muito mais bonito e harmonioso com as chapas iguais às que usava nos anos 80.
E querem saber uma curiosidade extra? Como a matrícula traseira era bem difícil de retirar, descobrimos que os meus segundos donos não tiveram paciência para o fazer e, por isso, aparafusaram-na em cima de uma autêntica relíquia: a matrícula original com que há 28 anos saí do stand! Uma preciosidade tão emocionante.
Todo este processo foi possível com a ajuda do incansável Daniel, da Moto-Ciclo Arrudense.
Aqui está uma lista de modelos de chapa de matrícula com aprovação nacional e aqui a mais recente atualização à legislação.
Merece também uma leitura este interessante artigo da Motor24 sobre o futuro das matrículas em Portugal.
"Popó Joli - o carrinho que é um mimo" é uma criação de Daniela Azevedo
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