Cibersegurança e encerramento de concessionários em destaque no estudo da KPMG


Electric car - Peugeot iOn

O mais recente estudo da KPMG sobre a indústria automóvel, publicado em novembro do ano passado e que pode consultar aqui, prevê o encerramento de concessionários, uma crescente preocupação com a cibersegurança, bem como produção de menos carros.

As conclusões do Global Automotive Executive Survey da KPMG apontam para uma redução de 5%  da produção automóvel na Europa em 2030, com grande parte da produção a deslocalizar-se para a Ásia; 30 a 50% dos concessionários automóveis podem encerrar portas até 2025 e prevêem, também, a substituição de veículos elétricos movidos a bateria (BEVs) por veículos elétricos movidos a células de combustível (fuel cell - FCEVs).

Os executivos do setor automóvel auscultados neste estudo da KPMG concordam, ainda, que o movimento de consolidação na indústria deve acelerar, como forma de competir com as grandes empresas tecnológicas pelo domínio do setor.

O estudo antecipa que a produção mundial de automóveis ultrapasse a marca dos 100 milhões antes do final do século. Apesar de atualmente serem produzidos 3.000 modelos em mais de 700 fábricas, apenas 2% destes modelos são veículos inteiramente elétricos.

74% dos executivos do setor automóvel pensa que, em 2030, a quota de veículos produzidos na Europa Ocidental será inferior a 5% e acredita que os consumidores vão valorizar cada vez mais a segurança dos dados, tendo a expectativa de que a proteção desses elementos faça parte do equipamento de série dos veículos. Perto de 85% dos executivos e 75% dos clientes acredita que, no futuro, a cibersegurança será um requisito prévio para a compra de um automóvel.

A invasão protagonizada pelas TIC terá, segundo a análise de Dieter Becker, líder da KPMG para o setor automóvel, consequências mais amplas.

O 19.º estudo Global Automotive Executive Survey da KPMG abrange 900 executivos das indústrias automóvel e tecnológica e cerca de 2100 consumidores de todo o mundo. Cerca de um terço dos inquiridos são provenientes da Europa Ocidental ou de Leste, 15% da China e 13% da América do Norte e do Sul. 16% dos executivos são da Índia e sudeste asiático e 12% da Ásia.

Os inquiridos representam empresas de toda a cadeia de valor automóvel, incluindo fabricantes de veículos, fornecedores de componentes, concessionários, fornecedores de serviços financeiros, fornecedores de serviços de mobilidade e, pela primeira vez, empresas de TIC.

O estudo foi realizado entre julho e novembro de 2017.

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