Popó Joli e as consequências da mudança de pneus

Custou... mas foi!

Este ano o Popó Joli chumbou na primeira fase da inspeção periódica obrigatória. Nada de muito complicado para resolver: o farol alinhou-se, o travão arranjou-se e os pneus carecas substituíram-se. Até aqui tudo bem, não fosse na troca dos pneus terem esfolado o para-choques frontal do Joli e, pior ainda, terem-lhe partido o tampão de uma jante.

A reclamação de nada serviu, pois o que se ouve logo é "não está bem, não venha cá mais". É impressionante a falta de sensibilidade por parte de quem trabalha numa oficina e não consegue perceber que está perante um carro com acessórios num plástico com mais de 30 anos. É que a diferença entre um carro antigo e um carro velho está mesmo nestes pormenores, senhores. Adiante...

Tentarei noutro post explicar a minha relação com este carro (que é tão complexa e, provavelmente, sem nexo, como a relação de qualquer dono de carro antigo com o dito), mas posso dizer-vos que saí da garagem lavada em lágrimas com este triste cenário, embora decidida a resolver a questão. 

Contudo, a escassez das peças existentes no mercado é um entrave muito grande, já para não falar da aventura que é uma mulher aparecer num stand de velharias, numa oficina ou num leilão online a querer comprar peças para o seu rodinhas cheio de valor histórico e sentimental. Os episódios que já vivi vão do hilariante ao absolutamente machista desprezível.

Mas, como não há mal que sempre dure, desta vez a sorte esteve do nosso lado e consegui encontrar tampões para o velhinho Joli de 1989. Talvez não tenham as molas todas e, por certo, precisam de ser pintados, mas estão cá para prevenir mais desastres e assaltos (sim, não há carro meu a que já não tenham roubado os tampões) e fui muito, muito bem atendida pelo vendedor do Porto que ainda teve de lidar com os problemáticos CTT Expresso.

Vai mais uma voltinha?

"Popó Joli - o carrinho que é um mimo" é uma criação de Daniela Azevedo com assistência mecânica e eletrónica de Moto-Ciclo Arrudense